quarta-feira, 20 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
A cidade dos Ets ( Projeto Portal )
Vendo terrenos lá e na lua, comigo é mais barato!
hehehehehe
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Operação Prato-history Channel
Exibido pelo History Channel na série Arquivos Extraterrestres, o documentário "O Caso Roswell Brasileiro" mostra um caso clássico da ufologia nacional (nada a ver com o título "O Caso Roswell Brasileiro"). Considerada uma das mais impressionantes ondas ufológicas de nosso país, o fenômeno Chupa-Chupa corresponde a objetos luminosos aéreos que atacavam populares na Amazônia, principalmente no segundo semestre de 1977, atingindo-os com potentes feixes de luz que muitos afirmavam sugar o sangue. Esses UFOs sobrevoavam preferencialmente as pequenas comunidades litorâneas e rurais.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
CÂMERA RECORD - UFOLOGIA
Arquivos secretos!!!!!!!!
20/09/2010 - O Jornal da Record teve acesso aos arquivos secretos da Força Aérea Brasileira sobre a presença de objetos voadores não-identificados no país. O dossiê Ufo Brasil conta com inúmeros documentos com testemunhos de pilotos, autoridades e centenas de pessoas sobre a possível presença de objetos estranhos no espaço aéreo brasileiro.
Arquivos de avistamento de Óvnis vêm a público. 21 09 2010.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Piloto da VASP narra perseguição de ovni
Até quando eles vão nos esconder a verdade?
sábado, 11 de setembro de 2010
Raio X
Saiu em um raio x do meu peito,
ta certo que eu adoro caveiras mas ai já é
demais!
Ou será que tem coisa muito esquisita
acontecendo comigo?
ta certo que eu adoro caveiras mas ai já é
demais!
Ou será que tem coisa muito esquisita
acontecendo comigo?
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Arquivo UFOBAHIA
Equipe de reportagem do 'Fantástico' acompanha ufólogos do grupo UFOBAHIA em investigações na Chapada Diamantina no início da década de 90. O cinegrafista consegue registrar a aparição de um disco voador na região.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Suposto Ovni visto na China
Aprenda dez de pequeno!
Você acredita em extraterrestres? Acredita em discos voadores? Acredita nos círculos feitos por aliens em plantações?
Com o kit de jardinagem My Crop Circle Kit: The DIY Desktop Phenomena é possível recriar em casa os famosos círculos em plantações que os extraterrestres deixam espalhados pelo mundo.
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Se Você não entendeu pergunte para quem entende
Veja o site Ceticismo Aberto
Livro OVNI e as Civilizações Extraterrestres – Guy Tarade
Há décadas, o fenômeno OVNI (Objetos Voadores Não Identificados) tem sido estudado por pessoas sérias que pertencem a todas as classes DA sociedade, e uma conclusão se impõe: as observações constatadas não correspondem unicamente a formas luminosas e fugazes, mas sobretudo a engenhos que apresentam a aparência de “máquinas voadoras”.
Numerosos testemunhos, a maioria provindos de pilotos, de técnicos, de engenheiros, provam-nos, de maneira irrefutável, que nos encontramos em presença de objetos fabricados, pilotados ou teleguiados. Em quase todo mundo, grupos particulares se constituíram para sondar esse intrigante problema, enquanto organizações oficiais trabalhavam no mundo inteiro para desvendar o mistério dos engenhos espaciais de origem indeterminada. Hoje, nos cinco continentes, qualquer que seja a nacionalidade, a religião, a influência DA denominação política, qualquer que seja o grau de civilização, e tem muitas dezenas de milhares de pessoas, talvez milhões, que possuem uma compreensão comum que vai além das ideologias, que desafia OS dogmas científicos e que, num grau nunca atingido antes nas relações de um mundo multirracial, estão em concordância com uma doutrina solitária: uma crença nas visitas feitas ao nosso planeta por desconhecidos vindos de um outro espaço.
É partindo desses critérios que queremos reunir, nessa contra-investigação, o máximo de informações úteis aos pesquisadores isolados. Outros antes de nós abriram o caminho, como eles nosso único propósito é servir à verdade.
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Revista super interessante
Discos voadores: E a nave vem
Pelo menos na imaginação da muita gente, os objetos voadores não-identificados são
naves de outros planetas. A ciência não leva isso a sério, mas algumas aparições nunca
foram bem explicadas
Das 21 horas da segunda-feira, 19 de maio de 1986, aos dez minutos do dia seguinte,
os radares da Aeronáutica registraram a presença de um objeto luminoso
não-identificado nos céus do eixo Rio — São Paulo. O objeto se deslocava a
velocidade supersônica e fazia manobras absolutamente impossíveis para um avião.
Tão logo foi percebido, seis caças da FABlevantaram vôo para observar
o estranho fenômeno.
Os pilotos disseram depois ter visto focos de luz irradiados nas cores
verde e vermelha. Eles não fizeram contato com o objeto nem
conseguiram explicá-lo. De uma coisa tiveram certeza: não se tratava de qualquer
tipo de aeronave conhecida. Mais tarde surgiram as costumeiras hipóteses:
era o planeta Vênus, era um satélite reentrando na atmosfera, era uma sonda.
E, como sempre, houve quem jurasse: os sinais luminosos pertenciam a uma nave
espacial de outro planeta, um disco voador.
disco voador, essas naves têm freqüentado, senão o espaço real, pelo menos as
histórias contadas por aviadores, funcionários de aeroportos e os mais variados
tipos de pessoas. Tanto que o misterioso objeto visto nos céus do Brasil em
1986 não foi um caso único no país. No dia 8 de fevereiro de 1982, uma
esquadrilha da FAB tentou, sem sucesso, descobrir que objeto perseguiu
um Boeing da VASP durante boa parte da viagem de Fortaleza ao Rio.
A aparição foi também testemunhada pelas tripulações de dois outros jatos.
Episódios como esses entram para o alentado anedotário dos OVNIs, os objetos
voadores não-identificados, que nesses últimos quarenta anos conquistaram
um lugar seguro na imaginação popular, até porque tem mais graça supor que
existe vida inteligente em outros planetas e que uma luz diferente no céu é
uma nave cheia de marcianos do que um reles fenômeno meteorológico.
Por outro lado, como nem sempre as pessoas tomam conhecimento das explicações
afinal encontradas para uma aparição misteriosa, sobrevive no ar a atraente idéia de
que um OVNI é produto de alguma civilizaçãoextraterrestre. As histórias em quadrinhos, a literatura e o cinema só fizeram reforçar essa crença.
Segundo os ufologistas — palavra que veio do inglês UFO (Unidentified Flying Object)
— já foram registrados 200 mil casos de objetos voadores não-identificados no mundo
todo, dos quais 10 mil apenas no Brasil. Eles próprios, no entanto, tratam de separar
bem as coisas. "Cerca de 90 por cento dos casos não são fenômenos ufológicos, mas
Centro de Estudos e Pesquisas Ufológica de São Paulo, um dos vários grupos formais
e informais de interessados no assunto existentes no país. Claudeir, um ufologista
com os pés no chão, baseia suas contas nas constatações atribuídas ao ATIC (Air Technical Intelligence Center), o serviço de contra-espionagem aérea dos Estados Unidos
encarregado de localizar e identificar qualquer aparelho que sobrevoe o país.
O Projeto Blue Book, ou Livro Azul, do ATIC, mostrou que quase todos os 13 mil casos
de OVNIs relatados em vinte anos de estudo são na verdade fenômenos astronômicos e meteorológicos. Entre os astronômicos estão o brilho de planetas, meteoros,
estrelas cadentes. Entre os meteorológicos estão os casos de auroras,
fogos-de-santelmo, descargas elétricas em tempestades. Mais prosaicamente ainda,
há pessoas que enxergam OVNIs onde só há aviões, balões, reflexos de holofotes,
gases poluidores, satélites artificiais, mísseis — ou a combinação de qualquer um
desses elementos com fenômenos da natureza. Radares, por exemplo, podem ser
enganados por interferência eletrônica, reflexos de nuvens ionizadas, chuvas e
diferenças de temperatura.
Outra explicação que não pode ser desconsiderada tem a ver com a mente humana.
Num estudo de 1958, o psicanalista suíço Carl Jung (1875-1961) afirmou que os discos
voadores seriam alucinações provocadas por ansiedades coletivas que ocorrem em
períodos de crise ou tensão internacional. Seriam portanto uma versão moderna das
visões de santos e demônios tão comuns na Idade Média. Segundo essa interpretação,
o homem da era espacial espera ser salvo de seus problemas cotidianos não por anjos,
como antigamente, mas por seres extraterrestres.
Talvez por isso, muitos ufologistas acreditam que ETs estiveram presentes quando
o profeta Elias, como conta a Bíblia, subiu aos céus numa carruagem de fogo;
ou quando os egípcios veneravam o Sol, representado como um disco de ouro
com asas; ou, ainda, quando os persas acrescentaram a essa representação
uma cauda e duas patas que, com alguma boa vontade, podem ser comparadas
a trem de aterrissagem. Os ufologistas também encontram ETs nos livros da
mitologia hindu que falam de discos destruidores, dotados de raios de fogo.
Com tudo isso, compreende-se por que ver um OVNI é fácil — o difícil é fazer com
que alguém acredite. No Brasil, os únicos que levam tais visões a sério são os
grupos de estudos ufológicos. "De cada dez pessoas que fazem parte desses grupos,
treze são piradas", brinca o engenheiro eletrônico Ricardo Varela, do Instituto de
Pesquisas Espaciais (INPE), referindo-se à salada de místicos, curiosos e visionários
de todo tipo que se abrigam nas sociedades ufológicas. O engenheiro Varela, que
trabalha no lançamento de balões à estratosfera, até que se interessa pelos
OVNIs — uma exceção no meio científico. Pois, sob o argumento de que não
trata de fatos comprovados, a discussão do assunto passa ao largo das universidades
e instituições de pesquisa.
Os cientistas reagem com impaciência, até mesmo com desagrado, às sugestões
de estudos ufológicos. "Qualquer coisa que se disser sobre o assunto é puro
chute ou crença pessoal", afirma o astrofísico Roberto Boscko, da USP.
Ele acredita que boa parte dos astrônomos pensa em disco voador "como sinônimo
de pilantragem". Mas por que os OVNIs despertam uma reação tão violenta? Afinal,
ver um deles não significa automaticamente entrar de sócio no fã-clube dos
discos voadores — indica apenas alguma coisa incompreendida. E numa época
em que satélites humanos se afastam dos limites do sistema solar com mensagens
do planeta Terra, seria natural que a ciência estudasse a possibilidade de algo
parecido "do lado de lá" — até para derrubar, uma a uma as histórias de discos,
se for o caso.
O mistério dos OVNIs surgiu logo depois da Segunda Guerra Mundial, quando
Estados Unidos e União Soviética trocavam ameaças e xingamentos cada vez
mais ferozes e as pessoas comuns, escaldadas pela invenção da bomba atômica
pouco antes, desconfiavam seriamente que os dois lados tinham verdadeiros
arsenais de armas secretas. Em junho de 1947, o piloto norte-americano
em formato de pires (flying saucers, ou pires voadores), quando sobrevoava
o pico Rainier, de 4 300 metros, no extremo noroeste dos Estados Unidos.
Não tardou para a imprensa sensacionalista projetar na imaginação popular
um clima de paranóia — ou eram os russos que estavam chegando, ou eram
mesmo os marcianos.
Dos Estados Unidos, a publicidade sobre os OVNIs correu mundo e animou
visionários de todas as cores, credos e nacionalidades. No Brasil, os pires
voadores tornaram-se discos, embora algumas vezes fossem avistados sob
a forma de charutos, sondas ou bolas. Em junho de 1952, a revista O Cruzeiro
eletrizou o público com relatos de supostos discos voadores fotografados na
Barra da Tijuca, no Rio. Os marinheiros do navio Almirante Saldanha contaram
ter visto, em 1958, vários OVNIs sobre a ilha de Trindade, na costa do
Espírito Santo, quando faziam pesquisas para o Ano Geofísico Internacional.
E até hoje existem pessoas que juram ter conversado com ETs, viajado em
discos e ouvido mensagens telepáticas de outros planetas.
Um dos casos mais célebres em todo o mundo foi o chamado Incidente de Roswell,
sobre um disco voador que teria sofrido um acidente no Estado do Novo México,
nos Estados Unidos, em 1947. No acidente, teriam morrido os tripulantes,
cujos corpos teriam sido levados em segredo pela Força Aérea para estudos.
No começo do ano passado, ufologistas fizeram o maior alarde exibindo
documentos antigos do governo dos Estados Unidos confirmando o episódio.
Na verdade, provou-se meses depois que os documentos eram falsos de cabo a rabo.
Bem antes, em 1968, um estudo da Universidade de Colorado, revisto pela
Academia de Ciências dos Estados Unidos, declarou oficialmente que não
participou do Blue Book, não se conformou com o resultado e declarou que
as pesquisas de Colorado tinham sido dirigidas a fim de apresentar uma explicação
tranqüilizadora para o público. Hynek, que morreu no ano passado, era diretor
do Centro de Estudos Ufológicos dos Estados Unidos, sendo considerado um
dos maiores especialistas em OVNIs.
Depois, os fãs dos OVNIs como que passaram para a clandestinidade. Atualmente,
eles se concentram nas sociedades de ufologistas que funcionam como verdadeiras
seitas. Alguns ainda tentam explicar os fenômenos dentro dos limites da ciência
acadêmica, aproveitando os conhecimentos sobre a origem da vida e as leis da
natureza, com as quais os discos estariam relacionados. Outros ligam o aparecimento
dos discos a fenômenos paranormais e às tradições orientais.
E, por menos que a ciência e o bom senso lhes dêem crédito, a crença em que
os discos existem vai bem, obrigado. No ano passado, três livros sobre o assunto
foram lançados nos Estados Unidos. Venderam como pão quente.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Arquivo-x Segunda temporada
01-Os homenzinhos verdes
02-O hospedeiro
03-Sangue
04-Sem dormir
05-Duane Berry
06-A ascensão
07-A trindade
08-Por um fio
09-Firewalker
10-O museu vermelho
11-O sanatório da morte
12-Aubrey
13-Irresistível
14-Os adoradores das trevas
15-Ossos frescos
16-A colônia
17-Fim de jogo
18-Terrível simetria
19-O navio fantasma
20-A fraude
21-Os Calusari
22-Emasculatas, o vírus da morte
23-Luz suave
24-Nossa cidade
25-Anasazi
02-O hospedeiro
03-Sangue
04-Sem dormir
05-Duane Berry
06-A ascensão
07-A trindade
08-Por um fio
09-Firewalker
10-O museu vermelho
11-O sanatório da morte
12-Aubrey
13-Irresistível
14-Os adoradores das trevas
15-Ossos frescos
16-A colônia
17-Fim de jogo
18-Terrível simetria
19-O navio fantasma
20-A fraude
21-Os Calusari
22-Emasculatas, o vírus da morte
23-Luz suave
24-Nossa cidade
25-Anasazi
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Revista ufo Brasil Download
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A volta do caso Varginha
A volta do caso Varginha Caçadores de discos de outros mundos passam cada vez mais à ofensiva contra místicos e tentam atrair apoio de cientistas |
Seis anos depois, volta à cena o 'incidente de Varginha', como ficou conhecida a anunciada aparição de extraterrestres no sul de Minas Gerais. O interesse pela história se reavivou no fim do ano passado, com o lançamento do livro O Caso Varginha , do advogado mineiro Ubirajara Rodrigues. Na capa, uma promessa: 'Pela primeira vez revelada a história completa da captura de estranhas criaturas no sul de Minas Gerais'. O livro marca uma virada nos rumos dessa atividade considerada ciência por alguns e bobagem por muitos. Baseado numa extensa investigação, que levou seis anos, envolvendo mais de 30 depoimentos, Rodrigues fez uma obra que, se não chega a provar a existência de ETs, também não parece um delírio. É uma tentativa de separar o joio do trigo – os ufólogos sérios dos fanáticos, aqueles que tendem a acreditar em qualquer coisa. 'Mais de 95% dos casos de objetos voadores não identificados têm alguma explicação científica desvinculada de extraterrestres', diz Rodrigues. 'Mas o restante está sendo irresponsavelmente ignorado pela ciência, e o caso de Varginha é um deles. Queremos que os pesquisadores se interessem pelo assunto', advoga o adepto da ufologia 'pé no chão'.
A versão do caso Varginha apresentada por Ubirajara Rodrigues está longe de se apoiar em crenças em "seres superiores" ou "revelações telepáticas", como era de se esperar de um livro de ufologia. Engana-se quem pensa que o autor é um tipo folclórico, daqueles que usam batas coloridas, juram conversar com duendes e dar voltinhas em discos voadores. Muito pelo contrário. "Nunca vi um óvni (objeto voador não identificado)", afirma o engravatado professor de direito. Advogado respeitado no sul de Minas, ele pratica o que alguns chamam de "ufologia científica" – um ramo da atividade que rejeita misticismos e deslumbres esotéricos. "Não chegamos a ser cientistas, mas investigamos de um modo criterioso os relatos de pessoas que dizer ter visto óvnis", conta Rodrigues. No Brasil, essa vertente séria da ufologia conta com engenheiros, médicos, meteorologistas e até mesmo gente do meio científico. Tão grande quanto sua luta para convencer os céticos é a sua batalha contra o que chamam de "ufólatras" – ou ufólogos místicos. "São eles que desmoralizam a ufologia", acusa Rodrigues. A briga contra esses deslumbrados é ingrata. O engenheiro paulista Ricardo Varela é mestre em desvendar enganos e fraudes. Ufólogo assumido, ele trabalha no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), desenvolvendo os instrumentos que vão a bordo dos balões de pesquisa. Sempre que alguém telefona ao instituto dizendo ter visto um óvni, o caso é passado a ele.
"Até hoje, todos os relatos, fotos e filmes que chegaram aqui foram explicados e não tinham nada a ver com naves de outro mundo", diz Varela (veja quadro). Ele desmascarou há alguns anos um vídeo exibido na televisão brasileira mostrando a descoberta de uma nave por militares russos. Por isso, nem sempre Varela é bem visto pelos ufólogos fanáticos, que querem acreditar em qualquer coisa. Racha entre aficionados O mesmo acontece com o engenheiro paulista Claudeir Covo. Ufólogo há 35 anos, ele critica duramente aqueles que misturam a atividade com misticismo. "Algumas pessoas querem tirar Jesus do altar e botar um disco voador no lugar", ironiza. Também alerta para os casos em que a armação tem fins puramente comerciais. Foi Covo quem descobriu, recentemente, que o famoso óvni filmado nos céus de São Paulo pela atriz Suzana Alves, a Tiazinha, nada mais era do que o dirigível da Goodyear. Convidado para falar sobre o assunto no programa do apresentador Gugu, no SBT, Claudeir conta que foi dispensado antes mesmo de entrar em cena, assim que revelou à produção do programa que a filmagem não tinha nada de extraterrestre. No caso de Varginha, outra face curiosa do racha entre ufólogos deflagrou-se. Algumas pessoas diziam não acreditar no fato, simplesmente porque o tal ET avistado era um bichinho feio, e não um ser angelical. "Os ufólogos sérios estão num beco sem saída, com os cientistas descrentes atacando por um lado e os místicos fanáticos por outro", afirma Ubirajara Rodrigues. E foi com esse viés crítico que o advogado mineiro retomou a história de que seres extraterrestres teriam aparecido em Varginha no começo de 1996.
Rodrigues reconstituiu com depoimentos de mais de 30 testemunhas o que teria ocorrido naquela época na cidade mineira. Em alguns momentos, a pesquisa contava com mais de 60 pessoas envolvidas na coleta de dados e documentos – alguns sigilosos, segundo afirma.
A trama parece o enredo de um episódio do seriado Arquivo X. Começa pela atitude enigmática das autoridades. GALILEU procurou saber a posição oficial da Aeronáutica, do Corpo de Bombeiros de Varginha e da EsSA (Escola de Sargentos das Armas, do Exército). Foi inútil. Nenhum desses órgãos públicos envolvidos no incidente quis comentar o assunto. Não negam nem confirmam. O silêncio é um prato cheio para os ufólogos. A confusa história que as autoridades não gostam de comentar começou no dia 20 de janeiro de 1996, pela manhã, quando bombeiros de Varginha teriam sido chamados para capturar um animal selvagem num pequeno bosque próximo ao bairro do Jardim Andere, não muito longe do centro da cidade. Segundo Ubirajara Rodrigues, soldados que não quiseram se identificar revelaram que o tal animal, na verdade, era uma criatura estranha, ferida, tirada das redes dos bombeiros diretamente para um caminhão do Exército, pertencente à unidade mais próxima, a EsSA, da idade vizinha de Três Corações. Naquele mesmo sábado, às 15h30, três garotas viram o que pensaram ser "o diabo", quando atravessavam um terreno baldio no Jardim Andere. As irmãs Liliane Fátima Silva, na época com 14 anos, e Valquiria Aparecida Silva, 16, acompanhadas da amiga Kátia Xavier, de 22, afirmaram na época que se tratava de uma figura tenebrosa, magra, de olhos vermelhos, pele marrom e protuberâncias na testa. Estava agachada e apática, próxima a um muro, que separa o terreno de uma oficina mecânica.
As meninas – únicas testemunhas confessas do suposto ET – correram para casa, chorando, e contaram a visão assustadora para a empregada doméstica Luiza Helena da Silva, mãe de Liliane e Valquíria. A história se espalhou, até cair nos ouvidos de ufólogos, que a interpretaram como um contato visual com extraterrestre, em vez de uma "visão do demônio", como diziam as garotas. |
A volta do caso Varginha |
Alienígena no pasto No final da tarde, uma viatura policial recolheu a criatura num matagal próximo, segundo Ubirajara Rodrigues, levando-a para o Hospital Regional, onde uma inusitada operação de acobertamento garantiu que fosse levada pelo Exército para a Escola de Sargentos das Armas, onde já estaria outro ET, capturado pela manhã. Alguns dias depois, com a história de extraterrestres correndo de boca em boca, surgiu mais um depoimento surpreendente, feito pelo casal Eurico e Oralina Freitas – caseiros de uma fazenda a 5 quilômetros de Varginha. Eles contaram que, na semana anterior, perceberam uma movimentação estranha entre os animais no pasto durante uma madrugada. Ao abrir a janela, depararam com um objeto cinza, semelhante a um submarino, e do tamanho de um microônibus. 'Ele flutuava a uns 5 metros do chão e se movia bem devagar', diz Eurico. O suposto óvni, segundo ele, não fazia barulho, soltava fumaça branca e levou quase 40 minutos para percorrer menos de um quilômetro, até desaparecer por trás de uma elevação. Para completar a série de relatos estranhos, meses depois, o paulista Carlos de Souza, piloto de ultraleve, Teria perseguido um óvni avariado e, ao aproximar-se dos destroços, fora expulso do local por militares. Isso teria acontecido no dia 13 de janeiro – uma semana antes do incidente em Varginha. De acordo com outro ufólogo, o engenheiro paulista Claudeir Covo, exatamente nesse dia, a Força Aérea dos Estados Unidos teria alertado aos colegas brasileiros sobre registros de radar anormais no território nacional. 'Tenho um depoimento de um oficial que confirmou cerca de 40 objetos não identificados registrados pelos radares brasileiros no mês de janeiro de 1996', diz Covo.
Esses depoimentos podem ser fruto da imaginação ou má-fé das testemunhas, mas a série de acontecimentos estranhos reunida por Rodrigues nas semanas que antecederam e sucederam o fato é irrefutável. Os militares da Escola de Sargentos das Armas, por exemplo, negaram durante meses que tivessem andado por Varginha. Mas, em 1997, voltaram atrás e deram uma versão bizarra dos fatos, durante entrevista a uma emissora de TV americana. Um major da escola admitiu o envio de caminhões à cidade naquele dia, mas disse que o motivo era uma visita de rotina a uma oficina mecânica. No caminho, os soldados teriam parado para socorrer um casal de anões, sendo que a mulher estava grávida. Para o militar, as testemunhas teriam confundido a anã prestes a dar à luz com um extraterrestre. Outro acontecimento esquisito foi a morte do policial Marco Eli Chereze, menos de um mês depois da suposta captura dos ETs. Os ufólogos afirmam ter depoimentos que comprovam a participação de Chereze nas operações realizadas no Jardim Andere. Ele teria carregado nos braços a criatura encontrada no matagal. Alguns dias depois, submeteu-se a uma pequena cirurgia para retirar um abscesso próximo à axila. E morreu três semanas após, devido a uma infecção generalizada. A mulher do policial, Valéria Chereze, conta que o laudo oficial da morte lhe foi negado durante meses.Quando veio, faltavam páginas. 'Marco tinha uma saúde perfeita, não pegava nem resfriado', disse ela a Galileu. E o mais intrigante: 'Pouco antes de morrer, ele ficava nervoso e mudava de assunto sempre que alguém comentava o caso do ET', revela Valéria. 'Hoje, os colegas dele evitam falar comigo.'
'Melhor não falar disso' Para completar a série de fatos inusitados, Luiza Helena da Silva, mãe das duas irmãs que teriam visto o ET no Jardim Andere, foi procurada por quatro homens semanas depois do incidente. Eles teriam lhe pedido para evitar que as filhas falassem do assunto. 'É verdade, mas não é bom ficar falando disso', contou Luiza a Galileu. Aos prantos, ela disse que as filhas nunca gostaram de comentar o assunto e hoje se recusam a dar entrevistas e ser fotografadas. A notoriedade só lhes trouxe dores de cabeça. 'Somos pobres, nunca ganhamos nada com essa história, só sofrimento.' As garotas viraram motivo de piada na cidade, acusadas de serem oportunistas. 'Até emprego recusaram a elas por causa dessa história', conta Luiza. Para os ufólogos, esse é mais um indício de que não houve má-fé no caso Varginha. De fato, ninguém parece ter saído com um tostão a mais no bolso por causa do ET. Nem a cidade, que se revela uma retumbante decepção para quem espera encontrar bares temáticos, parques ou excursões – como acontece em Roswell, nos Estados Unidos. 'O maior problema aqui é a descrença do próprio povo de Varginha', afirma o secretário de Turismo e Comércio, Sebastião Mendonça, entusiasta da criação do Museu do ET, que pretende ver inaugurado no primeiro semestre deste ano. A afirmação sobre a descrença faz sentido. Muita gente em Varginha chega até a se envergonhar da história. 'O que essas meninas viram foi um surdo-mudo que anda pelado por aí', diz com ar de chacota o pintor Dênis Ferreira, de 23 anos, funcionário da oficina mecânica vizinha ao terreno onde o ET teria sido avistado. GALILEU apurou que, de fato, a poucos quarteirões dali, vive um deficiente físico conhecido como 'Mudinho'. Segundo os próprios irmãos, ele passa os dias vagando pelo bairro. Tem o costume de andar sem camisa e ficar horas agachado na calçada ou perto de muros – exatamente da mesma forma como estaria a criatura descrita pelas três garotas. Pseudociência Tão descrentes quantos os moradores de Varginha são os cientistas, que, em sua maioria, não distinguem ufólogos de ufólatras. 'Na minha opinião, as garotas tiveram uma visão do diabo, como ocorre freqüentemente no interior', diz o engenheiro e ativista cético Marcelo Kunimoto, criador do site Ceticismo Aberto. 'Os ufólogos transformaram essa ilusão católica em um evento relacionado a extraterrestres. Precisaram até falar de um segundo ET para harmonizar depoimentos conflitantes.' Como em todos os casos de óvnis até hoje, não existe uma única prova física nas mãos dos ufólogos, seja ela um pedaço de nave espacial, corpo de ET ou filmagem comprovadamente honesta de Varginha. 'A pseudociência sempre se salva dos testes', afirma o astrônomo Carlos Aberto Torres, do LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica), de Itajubá (MG). 'Na ufologia, a ausência de observações independentes que confirmem os relatos é sempre 'resolvida' com teorias conspiratórias', critica, referindo-se à recorrente interpretação de que governos e forças armadas querem acobertar a existência de óvnis e extraterrestres. 'Não sei de nenhum astrônomo 'ufólogo'. Pode ser até que exista. Mas quem conhece bem o assunto sabe as enormes dificuldades existentes para que 'alguém' venha visitar nosso planeta, ainda mais às escondidas', afirma Torres, que passa noites a fio vasculhando o céu com os telescópios do LNA – cujo observatório, por sinal, fica em Brazópolis, município da região de Varginha. Fonte:Revista Galileu. |
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